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Seguradoras de NY podem usar redes sociais para avaliar clientes

dados das redes sociais

A principal agência regulatória dos serviços financeiros do estado de Nova York vai permitir que empresas de seguros de vida façam uso dos dados de mídias sociais e outras fontes não tradicionais a fim de determinar os preços de suas apólices, ainda que as seguradoras tenham de provar que a informação não constitui discriminação injusta contra os clientes. 

Todas as empresas de seguro de vida, do estado de NY, podem usar algoritmos para obter informações da vida e dos hábitos como registro de escrituras de imóveis, históricos de crédito e o uso da internet, para avaliar o grau de risco do cliente.

Algumas poucas seguradoras já estão recorrendo a esses programas automatizados com o intuito de acelerar o processo de compra de apólices, facilitar a emissão online de apólices de seguro e buscar estimular os negócios do segmento do mercado de seguros.

Segundo Maria Vullo, a superintendente do Departamento de Serviços Financeiros de Nova York, “Porque essa é uma área de rápida evolução no mercado de seguros, é importante para o departamento estabelecer princípios gerais agora.”. (Folha de São Paulo)

As empresas de seguro de vida terão de usar análises estatísticas para determinar que esses algoritmos e dados estejam isentos de vieses contrários a minorias raciais e outros grupos protegidos pela lei sempre respeitando a integridade dos dados obtidos no processo.

“O uso de algoritmos para a emissão de apólices pode facilitar e acelerar a obtenção de cobertura pelos clientes”.- disse Mary Griffin, presidente de Seguros de Vida de Nova York.

Após uma investigação de 18 meses na qual funcionários do departamento de seguros questionaram a prática de 106 empresas de seguro, os inspetores constataram que havia muitos dados já em uso como registros imobiliários, informações de crédito, currículos educacionais, sentenças em julgamentos civis, credenciamentos profissionais e outros documentos de domínio público.

O departamento também constatou que alguns fornecedores vêm oferecendo às seguradoras dados que incluem “condição ou tipo de aparelhos eletrônicos possuídos pelo candidato” e “aparência do candidato em uma fotografia”, de acordo com material postado no site de um desses fornecedores.

“Tudo isso tem o potencial de refletir critérios disfarçados e ilegais, de ordem racial para a concessão de seguros”, o departamento afirmou sobre diversas categorias de dados não tradicionais.

As leis de seguros de Nova York há muito proíbem o uso de informações sobre raça como critério para aprovação de pedidos de seguro.

Consultores dizem que o uso da mídia social nas decisões sobre seguros vem sendo limitado.

“Os dados existem e estão sendo recolhidos, mas sua qualidade e integridade ainda não foram comprovadas como precisas o bastante para uso como critério na concessão de seguros”, disse Ari Chester, sócio na consultoria McKinsey.

Em lugar disso, muitas seguradoras dependem de conjuntos de informações de domínio público.

Autoridades reguladoras estão de olho no que as empresas de seguro de vida estão fazendo. A National Association of Insurance Commissioners, organização que dá padrões às autoridades de seguros, tem um grupo de estudo que analisa os efeitos das seguradoras na aceleração de vendas.

[Fonte – Folha de São Paulo]

 



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