As redes sociais mudaram muito em 2016, aliás, elas tem mudado muito rapidamente ao longo dos anos. Falo, neste caso, de todas as redes.
A mÃdia enfrentou eleições polêmicas no Brasil e nos Estados Unidos, muita especulação, erro de previsão nas pesquisas, teve que lidar com o imponderável, o imprevisÃvel. Navegou em águas agitadas com a participação ativa dos leitores, hora coesos e colaboradores, hora ácidos e detratores. A discussão foi generalizada, azul e vermelho duelaram na dicotomia de opiniões acaloradas, regadas a escândalos de corrupção. Algumas aprenderam a trabalhar junto com o leitor, outras aprenderam, a duras penas, que a busca pela audiência a qualquer preço tem um custo alto. Mais um ano, mais um capÃtulo no diário das redações onde a inovação foi palavra obrigatória, onde a busca pelo novo modelo de negócios foi constante, desafiador e inacabado.
Já as redes, sofreram mutação constante. As redes de relacionamento, cujas normas de conceitos e ideais tiveram uma revolução. A crise dos valores se consolidou, e tudo que era sólido desmanchou-se no ar. Os valores morais estão em discussão o tempo todo, o conceito de famÃlia, de religião, de matrimônio, de parentesco, de gênero, de adoção, o que é normal está se distanciando do que é comum. Entre os meios tradicionais de relacionamento como o abraço, o beijo, o olhar, surgem a tela, a selfie, o seguir, o curtir, o real time, o real live, real life…
2016 foi o ano da busca, e segundo o Google, o que encontramos foi o amor. Descobrimos que olhando bem de pertinho, não somos tão diferentes assim.
Que 2017 seja de muito amor para você. Nos vemos, por aqui, a partir do dia 09 de janeiro. Obrigado pela audiência e companhia. Até lá.
Rafael Gonzalez