Algumas grandes empresas se reinventam para continuarem existindo em um mercado onde as transformações são contínuas e radicais. É uma manobra de alto risco e muita complexidade. Para fazer esse movimento de modo eficiente é preciso muita coragem e visão de futuro.
Mudar radicalmente o modelo de negócios, mirar em novos produtos e novos mercados, é a estratégia menos utilizada pelas empresas. Vale lembrar aqui a matriz de Ansoff (Igor Ansoff) criada em 1965, passou a olhar com mais atenção para as forças externas que envolviam os negócios. Ou seja, passou a fazer parte, do planejamento interno das empresas, o que acontecia fora dela.
Quanto mais a empresa investe em diversificação, maior o risco. Esta é justamente a estratégia que a IBM vem adotando há algum tempo. A empresa cujo principal negócio era venda de computadores, obtinha dele sua maior renda. Após reflexão e planejamento, abriu mão desse mercado para explorar outros. Foi uma decisão suicida? Claro que não!
As vendas já apontavam para um cenário de queda. A empresa percebeu que teria que se reinventar. E aconteceu! Mudou o foco da venda de máquinas para venda de softwares, desenvolvimento em pesquisas de análise de dados e inteligência artificial.
Virginia Rometty, diretora-presidente da IBM, tem uma meta clara: ela quer que em 2018 mais de 40% do faturamento da IBM venha de análise de dados para empresas, computação em nuvem, segurança cibernética, redes sociais e tecnologias móveis. (The Wall Street Journal).
“No ano passado, essas empresas foram responsáveis por 27% dos US$ 92,8 bilhões em receita da IBM, comparado com 15% dos US$ 105 bilhões faturados em 2011. Em 2014, as vendas de hardware representaram 11% da receita, ante 16% em 2011. Rometty se livrou da unidade de servidores de baixo custo e da divisão de fabricação de chips, que já foi fundamental para o negócio de hardware. Essas divisões estavam produzindo receita, mas não lucro, diz a executiva.” (The Wall Street Journal)
Entre os novos produtos, o maior destaque vai para o Watson, um super-computador capaz de gerar conhecimento e aprender de forma autônoma. A grande aposta da IBM é que ele possa ser utilizado para impulsionar de forma radical empresas, negócios e processos importantes como por exemplo, a medicina. O Watson é utilizado para avaliar, acompanhar e conhecer profundamente seus pacientes de forma que o médico possa fazer a ligação do estado de saúde do seu paciente com milhares de informações sobre sua doença, tratamentos e soluções personalizadas e mais eficientes. A aposta é que cada vez mais, um maior número de profissionais possam apoiar-se no Watson para serem mais especializados e assertivos.
Empresas, de todos os tipos, são atualmente impactadas, pela tecnologia. Conhecer as mudanças é o primeiro passo para a sobrevivência, estudar o desenvolvimento desse cenário e compreender os caminhos pelo qual elas nos levam pode ser um fator decisivo para o sucesso do negócio, seja ele qual for.