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O homem coisa e os híbridos

O avanço tecnológico se infiltra em diversas áreas de atuação da humanidade. Vemos o desenvolvimento acelerado, de produtos com tecnologia avançada, em diversas áreas. Desde utensílios para uso no cotidiano, como eletrodomésticos, veículos, roupas, impressoras à máquinas industriais.

A tecnologia aplicada em áreas como elétrica, eletrônica, engenharia, mecânica, robótica, biologia, medicina e muitas outras estão ganhando uma grande parceira no desenvolvimento de novas soluções. A área da comunicação.

Equipamentos modernos desenvolvidos juntamente com tecnologias da comunicação, são “coisas” conectadas à internet, com uma capacidade de processamento gigantesco. Podemos dizer no entanto que estamos presenciando o nascimento de “coisas inteligentes”.

Na prática, o homem que criava “coisas” para trabalhar para ele, passa a ter grande parte do seu tempo voltado para o aprimoramento das interações humanas a essas “coisas”. A técnica (prática) passou a ser elemento fundamental do ser humano e as relações humanas com as máquinas atinge um novo patamar.

Jacques Ellul resumiu uma concepção de bastante consenso no pensamento contemporâneo ao escrever que, atualmente, “a técnica não é mais um fator secundário, integrado em uma sociedade não técnica ou em uma civilização”. A técnica “se tornou um fator dominante no mundo ocidental, […] é uma mediação universal, produtora de uma mediação generalizada, totalizante e aspirando à totalidade” (Ellul, Jacques: La technique. Paris: Puf, 2000, p53).

Em um mundo onde o deslocamento físico de pessoas é cada vez mais complicado, são criados e aprimorados veículos autônomos impressionantes. Em mais uma demonstração de que no futuro dividiremos nossas tarefas com robôs, a Yamaha cria robô que pilota uma moto. Controlado à distância ele é capaz de se equilibrar, sustentar a aceleração, frenagem e trocar de marchas, sozinho. O MotoBot Concept ainda precisa de apoios laterais para não cair mas, o modelo tenderá ser aprimorado com o tempo.

Enquanto isso, o grupo de Bioeletroquímica e Interfaces da USP São Carlos, desenvolveu um biochip capaz de controlar, em tempo real, a diabetes. O chip implantado dentro da veia de um ser humano, que tem a doença, mede a quantidade de açúcar no sangue e envia alertas para o paciente.

Estamos vivendo em uma era onde os seres biológicos e máquinas estão ligados a internet. A comunicação, começa a acontecer entre maquinas (máquina – máquina) da mesma forma que acontece entre humanos (homem-homem). A internet das coisas, exclui a necessidade de intervenção do homem na comunicação entre “coisas” para que os processos se desenvolvam. Se ligarmos esse fato, ao outro, de que parte dessas “máquinas” podem estar dentro dos seres humanos (implantadas) teremos seres híbridos se comunicando de diversas formas, eletrônicas ou orgânicas. Essa perspectiva já é uma realidade estudada por muitos teóricos e cientistas, falaremos longamente sobre os impactos desse novo cenário daqui pra frente.

 “O homem cria a ferramenta. A ferramenta recria o homem.” (Marshall McLuhan)



One comment

  1. Sérgio marquês velloso

    Resta prestar atenção a qualidade da energia a qual compartilhamos e lembrar que, pela lei da afinidade, disseminados aquilo que entendemos bem. Uma pessoa de moral baixa e ética comprometida passa o dia publicando críticas numa forma espontânea de se defender.

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