Mobilidade

O Uber, os taxistas e um sorriso no rosto.

No Brasil, nos Estados Unidos, Espanha, Alemanha, em diversas partes do mundo acontecem discussões e protestos calorosos contra o aplicativo Uber que conecta motoristas particulares e usuários interessados em contratar o serviço de transporte.

Essa discussão parece simples e muitas pessoas que não utilizam o Uber ou o táxi acompanham de longe as discussões na mídia, porém, na verdade é um tema que envolve toda a sociedade que cada vez mais está conectada em aplicativos que oferecem serviços colaborativos. Vivemos a ascensão da Economia Colaborativa ou Economia Compartilhada, onde o objetivo é tornar mais prático, rápido, barato, os serviços que podem ser feitos de pessoas para pessoas, eliminando a intermediação das empresas ou dos governos.

Apontar o Uber como ilegal é ignorar todos os serviços já criados com o intuito de serem colaborativos. O Uber não é taxi, assim como o Netflix não é TV e o Spotify não é locadora de CD. Nessa mesma linha, se as instituições e governos tentarem proibir todo serviço inovador, as empresas de telefonia terão de brigar contra o serviço de chamadas do Whats up, os hotéis tentarão fechar os serviços de compartilhamento de quartos do Easy Quarto ou Airbnb entre outros.

Precisamos definir qual o nosso projeto de nação. O Brasil será um país que vai avançar na melhoria dos serviços, criando soluções modernas e inovadoras para o problema do transporte coletivo urbano nas grandes cidades ou vai remar contra a maré e se acomodar na legislação antiga e ultrapassada?

protesto_uber

De que lado o Brasil vai ficar? Com os taxistas ou com os consumidores? Os taxistas estão lutando pelos direitos que lhe são legítimos por conta de um modelo que foi imposto a eles. Os consumidores querem novos serviços, os usuários do Uber não apoiam a empresa americana que criou o aplicativo e sim um modelo de serviço com melhor qualidade, mais acessível, com preço justo, com veículos melhores, com garantias, o Uber obriga aos motoristas cadastrados possuírem seguro mínimo de 50 mil reais para casos de acidentes. Existe uma forma de melhorar os serviços dos taxistas para que eles possam concorrer de igual para igual com os motoristas particulares?

Onde essa discussão vai dar não sabemos mas, no mínimo, o governo terá que olhar com atenção para esse setor e arrumar soluções já os taxistas vão precisar aprimorar seu trabalho e atendimento aos clientes de modo a competir com as novas soluções que dia após dia se apresentam. O melhor serviço e o mais sincero sorriso vindo da gentileza no atendimento, com certeza, será o escolhido pelas pessoas.

“Quem inova é o último a entrar em crise e o primeiro a sair dela.” (Autor desconhecido)

 



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