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Cidades colabor-ativas.

Na transição da ideia de inovação tecnológica para a colaborativa, surgem as cidades criativas, onde a visão comum, para a solução de problemas dos bairros e das comunidades passa pela inovação. Muitas dessas soluções não são financiadas pelo poder público, mas sim pela sociedade que se une para bancar ou até construir a solução. Não é possível o desenvolvimento de uma cidade criativa se apenas o poder público ou a iniciativa privada ou a sociedade  se empenhe individualmente no processo. É preciso existir uma ligação entre esses pontos em prol da cidade e das pessoas. Somente com essa ligação é possível desenvolver ações que gerem impacto econômico e transformador.

Não existe um modelo pronto de cidade criativa, pois não se trata de um produto. Uma cidade criativa é um processo de desenvolvimento onde as soluções dos problemas são realizados via inovação, criatividade e sustentabilidade.

A cidade criativa depende da colaboração. Nesse sentido, o primeiro passo trabalha com o intuito de fazer o cidadão sentir-se parte integrante da cidade e da sociedade. O principio é despertar o olhar coletivo. Conceitos como: “Se eu jogar um papel na rua, estarei sujando a minha cidade, quando eu parar em cima da faixa de pedestres estarei prejudicando meus familiares e transeuntes, ao estacionar em local proibido ou fazer uma manobra perigosa no trânsito, estarei colocando em risco os que moram comigo “. Toda cidade, independente do seu tamanho é parte de um coletivo e cada cidadão também.

O olhar de fora impactado pelo olhar de dentro:

O turista é o vendedor da cidade, ele consome as experiências vividas na sua estadia, absorve a cultura e a receptividade das pessoas e, quando volta para sua terra natal dissemina os valores da cidade que conheceu, para o bem ou para o mal.

Uma forma inteligente de valorizar o turismo não é só investir na qualidade das instalações de quem vem de fora mas sim, transformar a cidade em um local harmonioso para os “locais” viverem com qualidade.Uma cidade onde os cidadãos são mais felizes, mais ativos, mais inovadores, com a cultura e a arte fazendo parte integrante do desenvolvimento, com uma economia farta, inteligente e criativa. Um lugar assim torna-se irresistível para o turista e com certeza esse turista levará, por onde caminhar, o exemplo e as benesses do lugar que conheceu.

Colaboração, conhecimento, experiências e inovação são palavras que fazem parte da economia criativa e quando aplicadas à nossa cidade podem reinventar o futuro. Tratam-se de projetos e processos com um novo olhar sobre o futuro. É uma busca pelo diferencial da valorização das ideias, da sustentabilidade e da conexão, um cenário impulsionado pelo avanço da tecnologia aplicado à educação e à cultura.

“Devemos treinar o estudante para se engajar na construção do conhecimento colaborativo. Pode não ser útil para ser aprovado numa prova, mas será útil para ele no trabalho, como cidadão” (Pierre Lévy)



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