A linha da privacidade está cada vez mais tênue e a discussão está no ar.
As pessoas ainda estão se adaptando a um cenário onde tudo e todos estão conectados, as cameras e as telas estão em todos os lugares. Sua imagem pode estar na TV, na internet, no Google Earth, em um shopping ou restaurante. Uma camera de vídeo, uma selfie tirada, a foto de um amigo ou de alguém que você nem conhece pode ser suficiente para sua imagem rodar o mundo. Como lidar com isso?
A linha da privacidade é subjetiva e pessoal, cada um tem seu próprio conceito de privacidade. Você tem um tipo de privacidade com seus amigos, seus pais, seus colegas de trabalho, seu parceiro ou com os desconhecidos. Acontece que agora surgiram várias ferramentas de comunicação onde você pode falar com o mundo através das redes sociais e na verdade não há um consenso na sociedade sobre qual é o comportamento ideal para esse ambiente. Por ser uma tecnologia muito nova a geração atual é cobaia. Somos nós os responsáveis por acertar, errar, entender, experimentar e estabelecer as condutas de privacidade nas redes e na vida.
Uma matéria na A Tribuna ganhou grande repercussão e discussão nesta semana. A matéria conta a história de um casal que se conheceu em um ônibus municipal de Santos através de um aplicativo chamado “Te vi no ônibus”. O rapaz tirou uma foto da moça sem que ela percebesse e fez uma declaração, via aplicativo.
Afinal, paquera é inofensiva ou é invasão de privacidade? Mesmo uma paquera presencial, cara a cara, pode ser considerada uma invasão de privacidade íntima. Declarar para um estranho que existe uma atração, até mesmo usando um simples elogio, pode ocasionar diferentes e diversas reações na pessoa que o recebe. Não importa o formato ou o local onde isso aconteça. Veja a repercussão da matéria no Facebook e os variados pontos de vista:
A diferença entre paquera e invasão é sutil e está muito mais aos olhos de quem recebe do que de quem pratica. Na paquera digital entra mais uma pimenta na discussão que é o direito de imagem. Entender qual a melhor forma de se relacionar com desconhecidos sempre foi e será um desafio, uma vez que cada pessoa é única e adquire conceitos diferentes sobre a vida.