Rafael Gonzalez fala sobre a relação das regras impostas pelos governos e o impacto que um sistema de reconhecimento facial em larga escala pode ter sobre a sociedade.
Ouvi ao longo do dia a repercussão em relação à multa que será imposta pelo Governo do Estado de São Paulo para quem não utilizar as máscaras de proteção contra o COVID19 em público.
“A medida anunciada pelo governo de São Paulo no início desta semana (01/06/2020) estabelece que a pessoa que for vista sem máscara em espaços públicos e particulares de uso comum deverá ser multada em R$ 524. Já os estabelecimentos comerciais deverão pagar R$ 5.025 para cada pessoa que estiver no local sem a proteção. Há ainda a previsão de uma multa de R$ 1.380,50 se o estabelecimento não afixar placas que informem sobre a obrigatoriedade da máscara.” (G1)
O que se questiona na mídia é a dificuldade em conseguir multar as pessoas, já que os fiscais não têm como saber o CPF do cidadão sem que ele compartilhe de boa vontade. Caso a pessoa se negue a passar os dados do documento é preciso envolver a polícia e de modo geral acaba se tornando um processo complicado e custoso.
Este tipo de problema pode ser solucionado através das câmeras com reconhecimento facial, o que seria muito bom para o governo, porém extremamente perigoso para a liberdade das pessoas, proporcionado ao poder público uma tecnologia de vigilância social poderosa.
As novas tecnologias de reconhecimento facial são “vendidas” para a sociedade como um projeto de segurança, porém é preciso ficar atento porque as mesmas podem ser utilizadas para outras finalidades não tão nobres assim.
Fontes:
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