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Mais da metade das buscas do Google resulta em zero clique

Um relatório, recém-publicado pela Sparktoro, uma empresa de software americana, aponta queda no tráfego a sites que não pertencem ao Google e afirma que pela primeira vez, 50,33% das buscas do Google resultaram em zero clique (junho/2019).  

Para essa afirmação, foram utilizados os números da Jumpshot, de análise de dados para marketing, um braço de dados da Avast, uma das líderes em cibersegurança.

A Avast coleta e analisa cada URL visitada por cada navegador nas máquinas em que sua solução está instalada. Depois de anonimizar (desassociar) e agregar os dados, os envia para análise de comportamento de navegação na Jumpshot.

O objetivo de RandK Fishkin, autor do texto, é explorar o “monopólio nas ferramentas de busca”. Ele justifica o uso de dados da empresa de marketing porque o Google não abre essas informações – os dados de tráfego da empresa não são públicos.

O relatório mostra que mesmo antes de atingir o patamar de 50,33%, uma porção das buscas (6%) já terminava em cliques a sites de domínio do Google, como Youtube, Maps e o blog do Google.

Segundo a Jumpshot, 94% das buscas nos Estados Unidos acontecem em sites ligados ao Google (como Google Imagens, Youtube e a própria busca).

Embora esses sites possam estar listados entre os primeiros resultados de busca por serem os melhores,  de acordo com o algoritmo, o Congresso americano questiona a Alphabet, dona do Google, por possíveis práticas monopolistas.

A análise destaca que a dominação deve ser ainda maior porque a ferramenta não inclui aplicativos móveis como Google, Maps e Youtube, amplamente instalados em dispositivos móveis no país. Em consequência disso, nos aparelhos móveis, onde a maioria das buscas acontece, os cliques orgânicos tiveram uma queda de quase 20%, os pagos triplicaram e os zero clique subiram de forma significativa.

Especialistas têm alertado que a ampla gama de informações que o Google disponibiliza já na primeira página (como cartões explicativos e tabelas com resultados de jogos) faz com que usuários não cliquem nos sites de terceiros indexados em sua ferramenta de busca.

Em nota, o Google diz que “sempre gerou uma grande quantidade de tráfego para sites de terceiros e que acreditamos que oferecer uma experiência de busca cada vez melhor para usuários no mundo todo é uma maneira de ajudar a entregar ainda mais tráfego para sites em toda a web”.

“Estamos sempre explorando novas formas de aumentar ainda mais esse engajamento e assim garantir que estamos apoiando todo o ecossistema digital”, afirma.

Fonte: Folha de São Paulo



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