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Conheça o Google do Agronegócios

google do agronegocio

Unicórnio Indigo (startup americana) dá primeiros passos no Brasil. Com a ajuda de Inteligência artificial (IA), empresa oferece no país o tratamento biológico de sementes com micróbios.

Há décadas no Brasil, o agronegócio caminha lado a lado com a tecnologia. Nos assuntos sobre genética, análise de solo, fertilizantes ou defensivos, a tecnologia sempre está presente. Apesar das dezenas de startups na área, no Brasil não havia uma empresa que unisse diversas tecnologias de ponta simultaneamente.  Desde o início deste ano (2019) o Brasil passou a contar com a presença do startup americana Indigo. Conhecida como o ‘Google do Agro’, atua no desenvolvimento da lavoura, às plataformas de comercialização e contratos com blockchain (blocos de informações criptografadas) e logística.

Conhecida como ‘Google do Agro’ inicia o processo de “fazer a diferença”.

Fundada em 2014, ainda sob o nome de Symbiota, a empresa Indigo é um dos primeiros unicórnios das agritechs (startups do agronegócio). Hoje está avaliada em US$ 3,5 bilhões.

O primeiro serviço a ser oferecido no Brasil será o tratamento biológico de sementes com micróbios. É como se as sementes tomassem um banho de iogurte, personalizado por um robô que leu uma imensa biblioteca de dados. A plataforma de inteligência artificial lê informações sobre solo e clima de cada fazenda que requisita seus serviços e as une a um banco de dados de 70 mil cepas de micróbios, cujos DNAs foram sequenciados. Com as marcações genéticas, o algoritmo consegue indicar quais os melhores micro-organismos para aumentar a produtividade da soja, ou proteger milho contra doenças e clima.

Segundo David Perry, presidente executivo da Indigo: “A indústria de biotecnologia avança com ajuda de inovações como barateamento do sequenciamento de DNA, aprendizado de máquina e computação em nuvem.  Não estamos fazendo coisas que não foram feitas antes, nós só a aplicamos na agricultura.”

No mundo, a Indigo oferece tratamentos para soja, arroz, algodão, milho e trigo. Hoje, no Brasil, só a tecnologia voltada à soja está sendo oferecida, por meio de sementeiros, profissionais que comercializam sementes para grandes produtores. O acordado por esse tratamento é que a empresa americana ficará com metade da produção extra,  gerada. Uma sofisticação do barter (troca em agronegócio) no qual o agricultor paga fornecedores com parte de sua produção. Segundo a Indigo, a expectativa é que no Brasil ela seja capaz de aumentar a eficiência das lavouras em 3%. Nos EUA, onde está há mais tempo e já domina os dados, esse índice pode chegar a 10%.

A solução por meio de inteligência artificial, além de diminuir o tempo dos testes, pode resultar no aumento da produtividade e na redução do uso de produtos químicos, como fertilizantes e pesticidas.

“No tratamento de sementes, o maior problema é selecionar os elementos mais eficazes”, diz José Otávio Menten, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP de Piracicaba. “A possibilidade de explorar rapidamente um grande número de dados aumenta as chances de êxito.”

No Brasil, a Indigo fez parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e algumas fazendas, como a Terra Santa, cederam espaço para testes. Com um total de mais de 200 acordos de colaboração para soja, arroz, milho e outros grãos, para cada acordo a empresa estuda exemplos de micro-organismos na região.

Grãos especiais ou destinados para ração animal podem ser negociados a valores diferentes. É como uma troca de interesses rural, o comprador “dá match” com o produto que melhor combinar com suas necessidades.

A Indigo, pouco a pouco e com meta de até 2020, foca outros interesses em seus acordos no Brasil, a exemplo da parceria feita com Agromast que atua com imagens de satélite e sensoriamento, visa oferecer sua tecnologia de blockchain para investidores, sua plataforma de comércio que conecta produtores e compradores de grãos e sua plataforma de logística  que usa algoritmos para conectar caminhoneiros com as rotas mais eficientes.

“A Indigo traz uma mudança de paradigma para o agro, que passa a ter uma plataforma de serviços”, avalia Guilherme Raucci, professor do MBA de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP).

Vi aqui
https://link.estadao.com.br/noticias/inovacao,google-do-agro-unicornio-indigo-da-primeiros-passos-no-brasil,70002769272



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