Segurança

Google disponibiliza tecnologia para uso militar e preocupa funcionários

google disponibiliza tecnologia para uso militar

Um projeto tecnológico poderosíssimo desenvolvido pelo Google está sendo disponibilizado para uso Militar nos EUA, fato que gera grande preocupação em funcionários e profissionais do setor.

“O envolvimento do Google levantava questões éticas importantes quanto ao desenvolvimento e o uso de ferramentas de aprendizagem de máquina. Afinal, essas ferramentas podem efetivamente ser usadas para ajudar os drones militares a identificar e atacar determinadas pessoas. As fontes pediram para não serem identificadas pois não estavam autorizadas a falar publicamente sobre o projeto.” (Olhar Digital)

Trata-se do projeto chamado Maven, ou “Algorithmic Warfare Cross-Funcional Team” (AWCFT, ou “equipe multifuncional de guerra algorítmica”) que segundo o The Guardian utiliza uma tecnologia de inteligência artificial chamada TensorFlow para analisar enorme quantidade de imagens gravadas por drones militares, a fim de automatizar o processo de identificação de pessoas, objetos, veículos ou locais de interesse do exército.

O Google esclareceu ao The Verge que está auxiliando o órgão de defesa com “APIs open-source do TensorFlow que podem ajudar no reconhecimento de objetos em dados não classificados. Essa tecnologia marca as imagens para revisão humana, e é apenas para usos não-ofensivos”. No entanto, uma fonte ouvida pelo The Verge diz que acordos de confidencialidade impedem a empresa de divulgar de forma mais clara o nível de envolvimento da tecnologia no trabalho militar.

Segundo o site Gizmodo o envolvimento da tecnologia com o Projeto Maven do Departamento de Defesa dos estados Unidos foi notado em um e-mail interno da empresa. O funcionário que não quis se identificar levantou a preocupação de que a tecnologia esteja sendo esteja sendo utilizada para vigilância militar.

A discussão ética em relação ao uso militar de ferramentas de inteligência artificial não vem de hoje. Em ocasião anterior, quando o Google comprou a Boston Dynamics para criar um “cão-robô” que seria utilizado pelo exército, o próprio Eric Schmidt, ex-CEO do Google, reconheceu durante uma entrevista, em novembro,  que “existe uma preocupação generalizada na comunidade de tecnologia de que de alguma maneira o complexo industrial-militar vai usar as criações dela para matar pessoas de maneira incorreta”. (Olhar Digital)



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