Os dois grandes pilares que valorizam o Bitcoin são: a segurança da moeda no ambiente digital e o número de empresas e serviços que aceitam a moeda como forma de pagamento. Quanto maior a confiança em relação a esses dois pilares, maior será o valor de mercado dela. Acontece que o Bitcoin como forma de pagamento está caindo em descrédito.
A Stripe, uma das maiores empresas de mediação de pagamentos online dos EUA declarou que a moeda falhou como meio de pagamento viável e decidiu parar de aceitar transações em Bitcoin.
A empresa havia sido a primeira a aceitar a moeda virtual como meio de pagamento em 2014. Nessa época não existiam muitas transações realizadas e as tarifas giravam na casa dos centavos por transação. Com a popularização da moeda, a coisa mudou, as taxas subiram muito inviabilizando as operações em larga escala.
Em 2017 a tarifa chegou a atingir o valor de US$ 34 por operação, o que inviabilizou quem quisesse comprar um café com Bitcoin.
A empresa explica que até é possível pagar uma taxa menor através de um processo de validação, porém a quantidade de transações e a volatilidade constante da moeda inviabilizam o processo.
“A Stripe explica justamente esse problema. “Os tempos de espera para confirmações de transações cresceram substancialmente, o que levou a um aumento das falhas em transações”, explica Tom Karlo, executivo da empresa, culpando a forte oscilação no valor da moeda. Afinal de contas, vamos supor que alguém decidiu pagar R$ 100 em um par de tênis usando bitcoin, o que equivale, no momento em que este texto é escrito, a 0,00270416 BTC. Se a transação demorar muito para ser validada, esses 0,00270416 já não vão mais valer R$ 100, causando falha na validação” (Olhar digital)
Com isso muitas empresas deixaram de aceitar transações em bitcoins, uma vez que pode gerar problemas tanto para a empresa quanto para o consumidor. Resta aguardar para ver se a moeda vai trabalhar para se adaptar ou vai ter seu foco apenas como um ativo financeiro especulativo.