Estratégias de baixo custo já estão acessíveis para que os governos possam avançar no caminho para deixar as cidades mais “inteligentes”.
A cidade de Washington (EUA) por exemplo, criou um portal para que os cidadãos possam dar notas aos serviços públicos prestados. Ao utilizar um transporte coletivo, praça pública, hospital, o cidadão pode qualificar a experiência com uma nota. As notas são agregadas ao controle de gestão pública e divulgadas no site para que todos possam acompanhar.
Existe uma onda de startups criadas para inovar em áreas de atuação governamental, as chamadas “GovTechs”, empresas que podem contribuir com a gestão pública e melhorar a administração das cidades. No Brasil, um dos locais de destaque dessa onda é o Brazil Lab, programa de apoio à inovação no setor público que acelera e conecta empreendedores, novas ideias e o setor público.
“Entre as startups selecionadas para este ano está a MonitorGov, que analisa portais de compras governamentais, criando modelos preditivos de como serão as compras futuras. Em outras palavras, traduzem os padrões de compras públicas em sinais para o mercado, o que permite gerar transparência e competitividade.” Ronaldo Lemos – Folha.
Outro projeto que podemos destacar é o Kitado, que ajuda na renegociação de dívidas do cidadão com o fisco.
Se os governos utilizarem essas iniciativas com inteligência, poderemos criar um tipo de plataforma aberta governamental, onde diversos projetos tecnológicos, de instituições privadas ou organizações não governamentais, terão a oportunidade de auxiliar na gestão pública. Diversas plataformas de internet abrirão espaço para que desenvolvedores externos aprimorem seus códigos e suas engrenagens através das chamadas “APIS”. Criaremos um tipo de crowdsourcing para desenvolvimento e melhorias dos sistemas ligados ao setor público.
Esse tipo de ação não requer grandes investimentos, precisa apenas de um bom planejamento para que esse modelo de parceria público-privada seja bem administrado e efetivo.
Um bom exemplo é o semáforo inteligente implementado em Curitiba. O aparelho permite que pessoas com mobilidade reduzida ampliem o tempo para travessia nos cruzamentos mais perigosos, mediante a aproximação do cartão transporte a um dispositivo nos semáforos.