Redes Sociais

Desemprego tecnológico e os riscos da inteligência artificial.

Riscos da inteligência artificial

O estudo das comunicações sociais são importantes sobre diversos aspectos da sociedade. Estamos no início de uma revolução digital que trará mudanças dramáticas em nossa economia e na forma em que vivemos.  Muitos benefícios virão com essa transformação, porém, inúmeros riscos se apresentam nesse cenário. Com a criação de variados processos automatizados, como atendimentos em bancos, em hotéis, em supermercados, veículos que dirigem sozinhos, casas programadas para abrir e fechar janelas de acordo com a luz solar, aparelhos de limpeza automatizados, estamos caminhando para uma sociedade cada vez mais automatizada e controlada por máquinas.

Esse ambiente nos leva a grandes dilemas. Precisamos decidir se teremos uma sociedade autoritária, onde as decisões serão tomadas de cima para baixo e implementadas de tal forma em que as pessoas se adaptem, por osmose , através da manipulação estruturada da tecnologia ou, se teremos um ambiente livre, onde a participação da sociedade e o livre comércio determinarão os caminhos a serem seguidos pela sociedade e coordenados pelo Estado.

As tecnologias da comunicação permitem os dois caminhos precisamos e devemos entender qual deles é o melhor. Os fundamentos da dignidade humana estão em cheque e por esse motivo é importante estudar, a fundo, qual é o formato ideal de modo a obtermos qualidade, eficiência e o sucesso da sociedade.

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E SUAS APLICAÇÕES.

Para o trabalho com dados ter algum valor é fundamental que esses dados sejam transformados em informações úteis que possam gerar alguma ação. Estudos indicam que algumas dessas máquinas são capazes até de gerarem sabedoria e perspicácia, proporcionando inclusive projeções de futuro. A hipótese apresentada por Led Chris Anderson diz que, será possível, se computadores com acesso a grandes quantidades de dados,  através deles, tirarem as suas próprias conclusões. Dessa forma, vivenciaremos  um cenário, onde o modo de produção científica tornará obsoleta a visão que temos hoje. (HELBING, Dirk. 2015)

Desemprego Tecnológico

Os algorítmos que possibilitam esse tipo de análise, automática e profunda, podem, teoricamente, associar comportamentos e relacioná-los. Nesse sentido as máquinas serão capazes de aprender por conta própria. Como resultado, muitos teóricos acreditam que cerca de 50% de todos os empregos do setor industrial e de serviços desaparecerá em 10 ou 20 anos. Entretanto, a capacidade de computadores desenvolverem habilidades parecidas com a de seres humanos está prevista para algo em torno entre 5 e 25 anos. (HELBING, Dirk. 2015).

O ser humano para conseguir competir com as máquinas inteligentes precisará do auxílio de equipamentos digitais capazes de ajudar na análise cognitiva. Aplicativos como o Google Now ou Apple Siri poderão acelerar a produção das pessoas, mas logo se tornarão indispensáveis e podem tornar os seres humanos dependentes.

Paralelo a isso, cientistas já trabalham em “upgrades” biológicos para seres humanos. Esses dispositivos farão parte do corpo das pessoas aumentando suas capacidades em diversos aspectos. Já existem alguns experimentos em relação a isso. Esse tipo de atitude trará grandes desafios futuros, pois o ser humano estará biologicamente ligado às máquinas, conectado a rede. Quais os limites éticos?

Esse cenário que envolve uma inteligência artificial super avançada, trará muitas preocupações e riscos para a sociedade, apontam alguns teóricos.

RISCOS  DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Computadores ultra avançados que desenvolvem um processo de inteligência artificial, capaz de aprender e associar comportamentos, podem resultar em máquinas mais inteligentes que o próprio homem.

Há 3 ou 4 anos atrás, a maioria das pessoas poderia considerar impossível que algoritmos, computadores ou robôs desafiariam seres humanos, na questão da criação e inovação. Mas esse pensamento mudou. Máquinas inteligentes estão aprendendo sozinhas a criar outras máquinas ainda mais espertas e aprimoradas. (HELBING, Dirk. 2015).

Elon Musk da Tesla motors, já declarou preocupação com esse cenário: “Eu acho que devemos tomar muito cuidado acerca da inteligência artificial. Se eu tivesse que imaginar qual seria a nossa principal ameaça existencial, eu diria, provavelmente essa. Então devemos ser bem cuidadosos. Estou inclinado a pensar que devemos ter uma regulamentação e fiscalização em relação a isso, talvez em nível internacional e nacional para termos a certeza de que não faremos algo muito tolo.” (MUSK, Elon. 2014, tradução livre).

Várias empresas já estão engajadas em projetos para a criação de máquinas super inteligentes, desde o Vale do Silício até à China. Recentemente a empresa Baidu (Similar ao Google na China), anunciou que está desenvolvendo um projeto militar chamado “China Brain Project” algo como “Projeto de Cérebro Chinês” e está em busca de parceiros financiadores. Esse tipo de projeto assusta a comunidade mundial por conta da imprevisibilidade do governo chinês e periculosidade da máquina.

Em um mundo extremamente competitivo e ganancioso é muito provável que a privacidade e liberdade das pessoas seja ameaçada por essas máquinas que poderão controlar tudo e todos, com o objetivo de tornar governos e empresas capazes de prever o comportamento da sociedade, gerando assim, possível vantagem competitiva.

É importante nos atentarmos ao fato de que a manipulação incapacita as pessoas, tornam-as menos capazes de resolver problemas por conta própria. Pessoas manipuladas perdem o seu controle de juízo e não se sentem responsáveis por seus atos. Quem seria responsabilizado pelas consequências dos atos de uma sociedade manipulada? E se essa manipulação for feita por máquinas, capazes de gerar informações que demandam atitudes? Quem seria o culpado de um fracasso ou de um crime? As máquinas, os processos ou as pessoas que cometeram?

Será a possibilidade de um colapso da diversidade, com possíveis problemas de ordem sócio econômicos sérios e de poder. Este último, poderá ficar na mão de poucos, dos que são capazes de administrar a sociedade e acarretará no surgimento de uma crise de inovação, que afetará a inteligência coletiva e a felicidade dos indivíduos. Precisamos proteger nossa cultura sócio econômica assim como protegemos nossa biodiversidade.

 



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