Dos fios, às mãos ao mundo.

Quem entende o momento social, tecnológico e mercadológico do mundo conectado, aproveita as oportunidades para gerar negócios através do talento mesmo em situações difíceis ou lugares remotos.

Foi o que fez uma tribo indígena do Mato Grosso, que passou a utilizar a internet para expor os seus produtos ao mundo com a ajuda da tecnologia e dos correios. As mulheres da etnia indígena Umutina criaram uma página no Facebook chamada Bôloriê Umutina. A página foi criada para oferecer jóias, colares, brincos, pulseiras, anéis e apetrechos produzidos pelas mulheres da tribo. Os indígenas são mundialmente conhecidos pelo talento tradicional em artesanato. Os clientes podem comprar os produtos no Museu de Arte Sacra de Cuiabá, no Museu Histórico de Mato Grosso ou simplesmente pedir para receber a mercadoria por correio. O pagamento pode ser feito por depósito, transferência ou PayPal. As encomendas também podem ser feitas pelo e-mail atendimentobolorie@gmail.com.

Mesmo em pouco tempo, o novo modelo de negócios já começa a gerar interesse do público. O atendimento aos clientes é feito pelo próprio Facebook.

Histórias como essa, refletem um cenário já teorizado por McLuhan em sua tese sobre a “Aldeia Global” que estuda os impactos da globalização e das tecnologias de comunicação na sociedade.

Outro grande exemplo de impacto econômico, aliado ao impacto social de venda de produtos pela internet, é o caso das Mulheres On-line do Acessa São Paulo.

Histórias como essas, de pessoas que se mobilizam para enfrentar as dificuldades econômicas e criam oportunidades de negócios que proporcionam ascensão através da inovação, são grandes exemplos e demonstram que, além de independência financeira, os negócios na rede proporcionam troca de experiências com outras culturas gerando oportunidades de crescimento intelectual e social.

“Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar. Não ande na minha frente, talvez eu não queira seguí-lo. Ande ao meu lado, para podermos caminhar juntos.” (Provérbio Ute.)