E-commerce

Consumidores ou pessoas?

O Comércio eletrônico faturou 40 milhões de reais em 2014, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, um crescimento de 27% em relação ao ano de 2013.

O setor de moda foi o que mais cresceu no ano. Isso me faz lembrar do pré conceito que existe entre os empresários, que ainda não conhecem o mercado de E-commerce e, “acreditam” que vender artigos de vestuário pela internet não é um bom negócio pelo fato das pessoas terem o costume de experimentar a roupa antes de comprar.

Para não cometer erros e fracassos, quem pretende ingressar nesse mercado, precisa dedicar a maior parte do tempo e planejamento do negócio nos estudos sobre o comportamento do consumidor. Somado esse conhecimento, com um bom produto, e uma estratégia competente para atrair volume de audiência ao site, a chance de sucesso é enorme.

Os dados da pesquisa da ABCOMM,  foram divulgados pela Globo News.

Comprar faz parte da atividade do ser humano moderno. No dia a dia, no trabalho, no cuidado com o corpo, na alimentação e no entretenimento, a compra é um elemento básico da vida das pessoas.

A AJUDA DA INTERNET NAS COMPRAS OFF LINE.

Internet é facilidade. Não adianta remar contra a maré. Com a correria do dia a dia, mesmo os mais apaixonados por passear no Shopping e passar a tarde admirando as vitrines e pesquisando novos produtos em busca de oportunidades para uma boa compra e/ou  promoções, quando surge aquele presente e a agenda está toda comprometida,  as pessoas correm para internet para acelerar o processo de compra. Estudos crescentes mostram que a participação da internet mesmo nas compras concretizadas offline é gigante. Lembro ter assistido uma palestra em 2012,  mostrando que um índice de 20% do PIB da Inglaterra já passava pela internet.

QUANDO A INTERNET É A ÚNICA OPÇÃO.

Diferente de outros países, o E-commerce no Brasil, por ser um país de proporções continentais, tem uma característica que   amplia o horizonte da compra pela internet. As vezes, o E-Commerce é a única maneira das pessoas  adquirem um tênis moderno, uma televisão de última geração, um sofá exclusivo ou até mesmo um quadro raro, por exemplo. Sem opções de encontrar os produtos nas pequenas cidades onde estão ou moram, as pessoas preferem  utilizar o Comércio eletrônico no lugar de viajarem para os grandes centros.

AS INOVAÇÕES E NOVOS MODELOS DE NEGÓCIO.

Baseado nas facilidades de comunicação, surgem novos negócios. São as lojas que, ao invés de venderem produtos prontos, interligam o consumidor ao produtor de peças personalizadas, como camisetas feitas por artistas  Camiseteria ou produtos personalizados como as modernas capas de celular com fotos próprias  Vou Colar ou o site Wine que indica o melhor vinho para você de acordo com o seu perfil.

wine.com

Você não é a melhor pessoa para representar o seu cliente. Nem eu!

Para vender seu produto é preciso compreender o seu consumidor. Pela internet ou não, os compradores são de pessoas  e os fatores que determinam a compra ou não dos seus produtos são baseados fortemente no comportamento do  cliente.  Os fatores de ambientação, humor, experiência, sensação de benefício,exercem grande  influencia no sucesso de um comércio.

O E-commerce, resolve dois problemas encarados por quem vai fazer uma compra em lojas offline: o esforço físico e psicológico. Os físicos como: deslocamento, trânsito, encontrar estacionamento, caminhar e o tempo utilizado procurando o produto. Já os psicológicos envolvem a escolha entre uma grande quantidade de opções com diferentes características  para o mesmo produto. Um E-commerce, bem elaborado e pensado, se volta para o desejo do consumidor, minimizando o stress da compra e  sai na frente com vantagem competitiva, como exemplo o caso do Wine.

“Construir um padrão de confiança na internet é exatamente igual ao de uma loja Offline.”

Na internet é possível (e importantíssimo) criar mecanismos que possibilitem analisar as vontades do consumidor,  muitas vezes, a percepção do proprietário da loja, da agência de publicidade ou até mesmo do profissional de marketing, podem ser inversas às vontades do consumidor. Como conta o Leonardo Cid Ferreira é CEO da Addialeto e membro do comitê de Performance do IAB Brasil para a Endeavor.

“Case: Recentemente, fizemos um teste A/B antes de repaginar o site de nosso cliente Camisaria Colombo para uma promoção. De um lado, uma home impecavelmente envelopada para a ação e que, sem dúvida, era a aposta de sucesso da maioria de nossa equipe. Por outro lado, mantivemos o padrão de navegação da página só adicionando alguns elementos alusivos ao dia especial.

O resultado foi uma surpresa: a home mais tradicional – com alguns detalhes modificados – foi, disparadamente, a melhor em performance de vendas. Por quê? O consumidor quis, simples assim.

Novamente, seu negócio não é para você, mas para seu cliente! Comece a ouvi-lo e, principalmente, a agir como ele. Ou você corre o risco de que o banner ou o resultado de pesquisa ao lado o faça.”

 “O segredo é não correr atrás das borboletas… É cuidar do jardim para que elas venham até você.” (Mária Quintana)



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