O reflexo da nossa sociedade, na time-line das redes sociais, divulga a briga pela exposição de bens materiais, acumulo de posses, o exibicionismo da beleza, a valorização da potência sexual. São demonstrações narcisistas girando em busca do topo da cadeia alimentar, do poder e da influência. Uma atitude de competição inerente ao ser humano. Na rede das relações ecológicas, a nossa sociedade parece acreditar na “sobrevivência do mais apto” de Herbet Spencer ou na “seleção natural” de Charles Darwin, desencadeando em uma guerra pela sobrevivência e ascensão, na qual o ser humano passa por cima de tudo e ignora a destruição que espalha pelo planeta.
Quais os nossos índices sociais?
Nas capas dos jornais, os índices da Bovespa, do Dólar, das variações econômicas, as análises dos melhores investimentos, são divulgados detalhadamente contendo as opiniões de especialistas. No giro do mundo capitalista o material é de primeira qualidade. Os estudos são cada vez mais avançados sobre a economia e produção dos países. Mas, quando se fala sobre sustentabilidade logo vem o sentimento de “deixa para depois, não teremos que lidar com esses problemas tão cedo.”


Onde era água virou terra. Qual o acesso à água potável nos dias de hoje? O último levantamento no site oficial do IBGE é de 2008 e já não revelava notícias boas para o Brasil. O índice de alfabetização na maior parte do mundo está abaixo dos 75% de pessoas alfabetizadas, o acesso à rede sanitária é extremamente preocupante no mundo todo. Para quais indicadores deveríamos estar dando importância no dia a dia?
Ouvi na rádio CBN: para nosso corpo se recuperar das extravagâncias de álcool e comida das férias, precisamos de 21 dias mantendo uma alimentação saudável ligada à prática de atividades físicas mas, qual o tempo de recuperação da terra que foi queimada? Quanto tempo leva um rio para voltar a correr grandes volumes de água? Qual o tempo necessário para a nosso planeta voltar a ficar saudável? Perguntas que nossos governantes parecem não saber responder e como disse Severn Suzuki ao alertar o mundo para os problemas climáticos “Se não sabem como resolver, por favor, parem de destruir!”.



“O muro ficou muito alto para ficarmos em cima dele” , em 2015 a proposta é trilharmos um caminho diferente em sociedade. É construirmos uma rede voltada aos cuidados com nosso planeta, nossas casas, nosso habitat. É utilizarmos a rede social, para juntos aos nossos amigos, lutarmos por “pequenas grandes” mudanças, valorizando o que de fato proporciona qualidade de vida e atitudes de amor.