Saúde

Células controladas por smartphones poderão bombear insulina para diabéticos

aplicativo celular pode ajudar a curar diabetes

Pesquisadores usaram optogenética e um aplicativo celular para estimular células que foram projetadas para produzir insulina em ratos diabéticos.

Cientistas na China usaram um smartphone e uma técnica chamada optogenética para controlar precisamente as células que administram insulina a ratos diabéticos. A abordagem pode ser usada para monitorar continuamente os níveis de glicose no sangue em diabéticos humanos e produzir automaticamente a insulina necessária para converter o açúcar dos alimentos em energia que o corpo precisa.

Os pesquisadores projetaram células humanas com um gene sensível à luz que é encontrado em plantas e produz insulina quando ativado por luzes de LED vermelhas via wireless. As luzes são inseridas por pequenos discos flexíveis enxertados nas costas dos ratos. As luzes são controladas por aplicativo de telefone celular.

Depois de expor os ratos diabéticos a quatro horas de luz por dia, os pesquisadores conseguiram estabilizar a produção de insulina na corrente sanguínea para níveis normais por 15 dias.

A optogenética é um campo emergente que usa proteínas sensíveis à luz para regular as atividades biológicas no corpo. A técnica foi concebida como uma forma de tratar diversas doenças, incluindo Parkinson e esquizofrenia. O primeiro teste humano de optogenética está em curso para restaurar a visão para pacientes com retinite pigmentosa, uma condição degenerativa ocular que leva à cegueira.

Os pesquisadores se inspiraram no conceito de “casa inteligente”, que envolve iluminação, aquecimento e dispositivos eletrônicos que se comunicam entre si e podem ser controlados remotamente por telefone ou aplicativos de computador. Segundo eles, as células controladas remotamente poderiam “preparar o caminho para uma nova era de medicina de precisão personalizada, digitalizada e globalizada” (MIT).

Ainda é cedo para optogenética. Dois dos principais desafios são que tipo de frequência de luz para usar e como transmitir esta luz na intensidade certa para estimular as células.

Nas pessoas, resultados semelhantes poderiam ser obtidos com um bracelete de LED ao invés de discos implantados na pele, diz Mark Gomelsky, biólogo molecular da Universidade de Wyoming. As células projetadas ainda precisariam ser injetadas separadamente e não está claro quantas vezes isso seria necessário nas pessoas.

Gomelsky diz que a técnica da equipe chinesa pode não ser a melhor abordagem para o tratamento da diabetes tipo 1, especialmente desde que a Food and Drug Administration dos Estados Unidos aprovou no ano passado a primeira bomba de insulina totalmente automatizada. Mas ele diz que células controladas a distância, projetadas para produzir drogas geneticamente codificadas, podem ser usadas para tratar outras doenças.

Outro problema possível com uma terapia controlada por telefone é a segurança. Os cientistas reconheceram que o aplicativo pode ser vulnerável a hackers, mas diz que engenheiros de software podem trabalhar para resolver isso instalando uma chave de criptografia.

Ví lá no MIT Technolgy Review 

 



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