O WhatsApp no ano passado trocou seu sistema de criptografia para ampliar a segurança em relação a privacidade das mensagens trocadas entre os usuários. Segundo a empresa, o aplicativo seria tão seguro que nem o próprio WhatsApp poderia ler essas mensagens, o que gerou polêmica e discussão com o governo brasileiro várias vezes em 2016, assim como em outros países também.
Porém, uma brecha na segurança é apontada, Tobias Boelter, pesquisador de segurança e criptografia na Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos, mostra que o aplicativo pode não ser tão seguro assim.
A segurança do WhatsApp se dá por conta da criptografia, que é como uma chave de segurança. Uma mensagem enviada de um usuário leva uma criptografia que só pode ser interpretada pelo outro usuário receptor. A falha apontada na segurança, acontece quando um usuário envia uma mensagem para outro, e esse outro está off-line. Nesses casos, é gerada uma nova chave de segurança criptografada que pode ser decifrada por outros mecanismos, não necessariamente apenas pelo usuário que deveria receber a mensagem.
Segundo o pesquisador, essa segunda chave gerada pode ser interpretada pelo WhatsApp. Se o governo de algum país pedir ao WhatsApp para expor seus registros de mensagens, ele pode efetivamente fazer isso alterando as chaves de segurança”, explicou Tobias ao jornal britânico The Guardian.
O próprio Tobias já havia enviado um comunicado ao WhatsApp sobre a falha na segurança em abril de 2016, porém a empresa disse tratar-se de um “comportamento esperado” e não se comprometeu a fazer nada a respeito. (Fonte Olhar Digital)