Redes Sociais

Demitido por conta daquela foto no Facebook

Demitido por conta daquela foto no facebook

Sempre é bom alertarmos sobre os cuidados que devemos tomar, ao tornar público informações (e opiniões) pessoais.

A exposição nas redes sociais está em alta, existe um certo consenso na vida moderna em que ter opinião sobre tudo e, principalmente, revelar essa opinião para o mundo é um comportamento natural, ideal, passível até de ser admirado, basta vermos o sucesso que pessoas comuns fazem no Youtube com vídeos onde expõem suas opiniões na rede.

Vale lembrar que essa midiatização do eu, ou seja, a exposição pessoal na rede, funciona como um termômetro de caráter. Lembre-se, você é o que você compartilha, e será julgado por isso.

Se você é daqueles que critica tudo e todos, saiba que quem sofre a crítica também é uma pessoa e pode se ofender com isso. Além do alvo de sua crítica, a sociedade julgará você pelo teor dela, haverá quem concorde e haverá quem discorde. Criticar o governo, políticos, esportistas, pessoas midiáticas é um comportamento comum nas redes, mas quando o assunto envolve empresas ou seu ambiente de trabalho, pode ocasionar um problema.

Vale lembrar alguns casos de pessoas que foram demitidas por publicações nas redes sociais:

“O brasileiro Allan Goldman, que trabalhava na Chiaroscuro Studios, empresa que presta serviços de ilustração para as gigantes dos quadrinhos Marvel e DC Comics foi demitido após fazer comentários sobre o caso da jovem de 16 anos que foi estuprada no Rio de Janeiro. Em post em seu Facebook, o ilustrador escreveu: “O que acontece se os 30 estupradores da menina alegarem que são mulheres? Segundo a ideologia de gênero dos esquerdistas, uma pessoa é o que sente, e sua biologia não importa”. (Fonte: Estadão)”

Outro caso, de demissão por justa causa, aconteceu por conta de algumas fotos publicadas no Facebook.

“No Ceará, um cozinheiro de uma empresa de turismo foi demitido por justa causa. Segundo seu empregador, ele faltava ao trabalho muitas vezes injustificadamente e apresentava atestados médicos duvidosos. Inconformado com a demissão, o cozinheiro entrou com uma ação na Justiça do Trabalho.

Ao avaliar a questão, a juíza Kaline Lewinter, da vara do Trabalho de Eusébio/CE, deparou-se com um tipo de prova cada vez mais comum; fotos postadas no Facebook. De acordo com a empresa de turismo, durante o período em que o empregado estava afastado em licença médica, ele frequentava festas e eventos, o que seria comprovado pelas fotos postadas em seu perfil na rede social. As provas foram suficientes para convencer a juíza, que decidiu em favor do empregador e manteve a demissão por justa causa. “Nas datas ali compreendidas, o reclamante [o cozinheiro], na realidade, participava de eventos festivos, com o consumo, inclusive, de bebida alcoólica”. (Fonte: Estadão)”

É cada vez mais comum, juízes condenar funcionário a pagar indenização para os empregadores por ofensas e comentários de insatisfação publicados nas redes sociais, conforme artigo da Débora Pinho para o site Consultor Jurídico.

O Fire.me é uma ferramenta (aplicativo) do Twitter que auxilia empregadores a consultarem o que os funcionários andam falando sobre a empresa nas redes.

Fireme Twitter

A parte boa da história é que ter um comportamento adequado nas redes sociais pode trazer benefícios na vida pessoal e profissional. É possível alavancar carreiras, criar oportunidades para conhecer novas pessoas  ampliando assim a rede de relacionamentos, porém todo cuidado é pouco, pois o inverso é verdadeiro. A utilização das redes pode denegrir a imagem das pessoas, atrapalhar a carreira e em casos extremos até parar no tribunal por conta de difamação, injúria ou casos semelhantes. Vale pensar o que você quer passar para o mundo quando publica nas redes sociais. 



One comment

  1. Roberto

    E de fundamental importância a sociedade comunicar-se com isenção de ânimo, porquanto o sistema de comunicação, conhecida por Grande Mídia está aprofundada em comprometimentos nada republicano. Por a título de exemplo, trago a notícia de ontem, quando se tomou conhecimento que o presidente Temer concedeu indulto ao prefeito de Coari – PA, criminoso comprovadamente condenado a onze anos de prisão por ter estuprado várias crianças e promover prostituição infantil. Nenhum veículo de comunicação se deu ao trabalho de informar a sociedade, beneficiando o mecena.

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