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o Xadrez da evolução

(foto destaque – https://www.flickr.com/photos/andrejtrnkoczy/)

Em 1996 a IBM criou o primeiro super computador capaz de vencer um campeão de xadrez humano. Garry Kasparov era o mais renomado campeão de xadrez da época e disputou partidas com o Deep Blue, computador criado pela IBM com 256 co-processadores capazes de analisar 200 milhões de posições por segundo.

Foram disputadas 6 partidas, Gasparov perdeu a primeira, ganhou 3 e empatou 2. Mesmo após se redimir da derrota inicial o xadrezista declarou que era o “último humano campeão de xadrez”, prevendo o que aconteceria a seguir.

Em 1997 após uma atualização do Deep Blue, novas partidas foram disputadas que terminaram com 2 vitórias para o computador,  3 empates e 1 vitória para Gasparov. Nesse episódio tivemos então o primeiro computador a vencer um “match” com regras oficiais em cima de campeão mundial de xadrez. Apesar das polêmicas geradas, na época, já surgia ali um potencial desafiante para o homem nas questões matemáticas, e as máquinas passaram a ser vistas como rivais no mundo do xadrez.

Agora as máquinas ajudam a aprimorar a técnica humana. Menino mais novo enxadrista.

O xadrez é um bom exemplo de determinação de poder. Antigamente para fazer parte do restrito grupo de mestres enxadristas existiam muitas barreiras. A compreensão profunda das táticas e da maestria no jogo era reservada a poucas pessoas.

É importante conhecermos a história de James Black Jr. Quando tinha 14 anos de idade, Black já era mestre de xadrez, uma categoria alcançada por menos de 2% dos 77 mil membros da federação Norte-Americana de Xadrez. Isso em 2011.

Com seu título de mestre, Black seguiu os passos de Ray Robson, mais jovem mestre que surgira nos Estados Unidos em outubro de 2009 quando Ray conseguiu o título duas semanas antes de completar 15 anos de idade.

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Black no início aprendeu a jogar sozinho com peças de plástico em tabuleiros de papelão, depois passou a treinar com programas de computador. A partir do desenvolvimento dos computadores, os casos como os de Black e Ray, passaram de exceções a fenômeno global transformando o mundo, antes restrito, do xadrez. Existem hoje mais grandes mestres do que nunca, são mais de 1,2 mil, contra os 88 de 1972. A tecnologia derruba barreiras, ajuda o homem a avançar sua técnica com o auxílio das máquinas.

A evolução humana passa pela técnica/prática, aquilo que o ser humano é capaz de produzir e gerar evolução. Essa evolução, hoje, está totalmente ligada à tecnologia ocasionando uma ambiguidade de sentimentos em relação aos limites, entre o homem e a máquina,  constantemente colocados em xeque.

 ” A primeira regra de qualquer tecnologia utilizada nos negócios é que a automação aplicada a uma operação eficiente aumentará a eficiência. A segunda é que a automação aplicada a uma operação ineficiente aumentará a ineficiência.” – Bill Gates



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