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Empresas éticas e sustentáveis. O que houve Wolkswagen?

Há um movimento cada vez maior das empresas com a questão da sustentabilidade. Muitas delas estão revendo seus processos de produção, manutenção, desenvolvimento, da elaboração  e criação de seus novos produtos como também, fazendo investimento em tecnologia para combater o desperdício de recursos naturais e diminuir os poluentes. Todo esse processo precisa de investimentos que muitas vezes não geram retorno para a empresa e são responsáveis por aumento de custos. Para resolver essa questão (e ainda aumentar os lucros) as empresas estão investindo em publicidade. O lema é “não adianta apenas ser, tem que parecer sustentável” porém, esse processo atrai altos riscos. Se a empresa encara o posicionamento de estar envolvida com a questão da sustentabilidade e, por algum motivo, não consegue cumprir o que diz, sua reputação sofrerá maiores danos do que aquelas que não se dizem sustentáveis.

A Volkswagen se meteu numa enrascada das grandes, a montadora alemã reconheceu ter implementado um software em pelo menos 11 milhões de carros com motor a diesel para distorcer os resultados dos veículos em testes de emissão de poluentes.

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De fato, as empresas estão sendo praticamente obrigadas a assumir postura de responsabilidade social corporativa. Necessitam trilhar os caminhos da sustentabilidade e, muitas vezes à contragosto, se veem  fadadas a atingir metas inviáveis. Na questão:  “De que forma uma empresa, fabricante de automóvel, consegue justificar, para a sociedade, que é uma empresa preocupada com o planeta, uma vez que, os veículos são responsáveis por grande parte dos resíduos poluentes dispensados no ar? Por outro lado, qual é o limite imposto tratado pelos atuais governos para emissão desses poluentes? No mesmo sentido,  qual a meta imposta pelos países para essas empresas?”

O poder público mundial transferiu a responsabilidade  para o consumidor. Cada país tem suas próprias metas e regras. Podemos  comprar um carro, no Brasil, produzido no México, por exemplo,  onde as leis de preservação da natureza e tratamento de poluentes podem ser diferentes. Desse modo, somente uma dedicação minusciosa, por parte do consumidor, o informa sobre quanto a empresa fabricante, auxilia ou prejudica o planeta, caso escolha a aquisição de determinado veículo. No entanto, a decisão  do consumidor , para adquirir  uma marca ou outra, se dá, na maioria das vezes, muito mais, pelo que é divulgado na publicidade do produto do que por uma decisão transparente validada pelos governos de que a empresa, em questão,  é sustentável de fato.

Projetos de sustentabilidade Volkswagen.

http://thinkblue.volkswagen.com/br/pt/start.html

O Think Blue da Volkswagen, apresenta os projetos com foco em sustentabilidade da empresa. Demonstram os investimentos da empresa em tecnologia para a redução de emissão de poluentes nos veículos, a construção de uma hidrelétrica para produção e utilização de energia “verde”, projetos sociais realizados e mantidos pela empresa como a Fundação Volkswagen. Ideais apresentados acoplados ao slogan: “Queremos liderar e servir de exemplo”.

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“Ocorre que a conversão de clientes em cidadãos ativos não se processou por algum condão mágico, mas derivou do recente processo histórico cujos vetores-chave transfiguraram a contemporaneidade. Por ordem de grandeza: A Revolução Digital, que ainda oculta muitas de suas virtualidades, redesenhou o modo de vida das sociedades e as arquiteturas organizacionais; a constituição de uma economia competitiva, em que o capitalismo deixou de ser oligopolista, adquiriu feições sociais e expandiu suas fronteiras para os confins do planeta; a conquista de regimes políticos liberais proporcionou à cidadania os direitos de expressão e de manifestação inexistentes em regimes ditatoriais, e, simultaneamente, conferiu eficácia aos canais de pressão; o resgate do poder de escolha dos clientes que, agora, podem debandar para os concorrentes quando insatisfeitos com a qualidade dos produtos, os preços ofertados ou a logística do atendimento”  (Por que empresas eticamente orientadas, Robert Henry Srour)

O desafio é grande. Sustentabilidade empresarial implica não só ao fato de preservar o meio ambiente, mas também ao fato de agirem de forma responsável em vista da sua própria preservação. Uma empresa deve ser antes de mais nada, viável economicamente, justa com seus funcionários, fornecedores, respeitar a legislação do país, agir de forma correta com a sociedade e com a natureza.

“De onde a seguinte conclusão: as empresas eticamente orientadas são as que geram lucro para os acionistas, protegem o meio ambiente e melhoram a vida de seus públicos de interesse, ao mesmo tempo em que resolvem problemas de caráter geral. Assim, ao levarem a sério esses compromissos e ao realizarem a façanha de traduzi-los em práticas, as empresas se credenciam para alcançar perenidade e boa reputação.”(Por que empresas eticamente orientadas, Robert Henry Srour)

A pressão por transparência e honestidade na publicidade está cada vez maior por parte da população mundialmente conectada, que sofre as consequências globais da destruição do planeta e tenta de alguma forma participar da solução.



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