Redes Sociais

É culpa nossa.

Após os ataques bárbaros na sede da revista francesa Charlie Hebdo, que terminou com 12 pessoas mortas e 11 feridas. O presidente da França disse que lidar com os grupos fanáticos terroristas é responsabilidade da comunidade mundial.

Ele tem certa razão, vivemos em uma aldeia global, as bordas e limites dos países já não fazem sentido, estamos todos interligados independente de onde estamos.

Precisamos trabalhar juntos para conter a intolerância, essa palavra forte, que desencadeia atitudes repetidas dia a dia nas mais rotineiras demonstrações de ignorância que rodeiam as publicações em veículos de comunicação e redes sociais. Uma piada sobre religião, sexo, cor, um personagem que vira meme de gozação na internet, como fizeram novamente com o Justin Bieber,  bulling digital, bulling nas escolas, onde vamos parar? Qual deve ser o ponto de equilíbrio entre liberdade de expressão e o respeito ao próximo?

Qual a mensagem que estamos disseminando uns para os outros nas redes e qual será o legado que deixaremos para nossos filhos? Viveremos em pé de guerra com nossos vizinhos? Ou seremos a geração que transformará nosso mundo em um lugar mágico, onde todos respeitam o espaço do próximo?

O ataque que aconteceu ao Charlie Hebdo foi trágico, fatal, o limite final do traço de humanidade ao ser humano. Como podemos fazer para evitar isso?

Acredito que para resolvermos essa violenta intolerância contra o próximo, devemos assumir atitudes de respeito, ética, amor e compaixão no nosso dia a dia, devemos nos esforçar para manter a disciplina de pensar antes de falar ou de agir, para que possamos disseminar energias positivas. Talvez devessemos repensar nos conteúdos que geramos, todos nós, jornais, revistas, programas televisivos, pessoas comuns em suas redes sociais. Se passarmos a transmitir mensagens positivas, educativas, que imprimam respeito ao invés de ódio, se  discutirmos o que há de positivo e interessante na religião do próximo, na diversidade cultural das pessoas, na riqueza da nossa biodiversidade, se nossa pauta refletir o quanto somos completos, exatamente, porque somos diferentes, talvez possamos diminuir o ódio e o radicalismo que existe no mundo.

Diversidade
Foto fantástica do Nathan Congleton – https://www.flickr.com/photos/nathancongleton/

Acredito que precisemos ensinar nossos jovens a trocar o post de zuação de um colega por um post de incentivo ao combate do preconceito, mostrarmos exemplos de mensagens de apoio é de muita valia substituindo uma postura de divertimento da situação. Palavras positivas e instrutivas parecem ser como armas em uma guerra contra a intolerância.

No meio de toda confusão, vemos o governo francês prometer o investimento de 1 milhão de euros na revista satírica para garantir que ela seja publicada continuamente. Não tenho dúvidas sobre a liberdade de expressão e a importancia da existência da revista mas, me pergunto, não seria melhor investimento, o esforço em aprimorar  a educação nos  limites dessa liberdade, sem que sejam obrigatórias leis ou outras regras, que não seja, por si só,  o ser humano, um almejando o bem estar e desenvolvimento do  outro ?



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