A prática de realizar um selfie está na moda. Já faz inclusive um bom tempo que as pessoas utilizam seus aparelhos celulares para tirar fotos de si mesmas, algumas vezes inclusive, são fotos muito criativas. A verdade é que a tecnologia das câmeras fotográficas embutidas em aparelhos celulares avança em uma velocidade incrível e o fato dessas câmeras estarem em aparelhos com sistema operacional, proporciona estarem ligadas diretamente à softwares, de todos os tipos, cada vez mais avançados.
Avanços importantes nesse sentido estão na área da medicina, os aparelhos celulares e suas super máquinas fotográficas estão sendo utilizados para ajudar a diagnosticar doenças, realizar testes de fluídos corporais, validar medicamentos e por aí vai, tornando-se mais uma ferramenta poderosa no acompanhamento do bem estar e da saúde de um modo geral.
O Iltifat Husain, editor chefe e fundador do iMedicalApps , também professor assistente de medicina no Wake Forest School of Medicine, no Norte da Califórnia, Estados Unidos, diz que a grande evolução , acontece mesmo, no software dos aplicativos, ou seja, na tecnologia que trabalha com os dados obtidos pelas câmeras.
“What’s really happening here is the software,” he told me. “Resolution is important, yes, but you have complex algorithms translating [that data]. Can you imagine having to take that step of taking a video with your phone and uploading it to your computer and running it through an algorithm? You no longer have these steps; now you’re easily pointing a camera and then easily running an algorithm in real time. It’s the software and it’s the taking out all these steps that is bringing developers and researchers to do amazing things.” (Iltifat Husain)
“O que está realmente acontecendo aqui é o software […] A resolução é importante sim, mas temos algoritmos complexos traduzindo os dados. Imagine que você tinha que dar o passo de fazer um vídeo com o seu telefone, enviá-lo para o seu computador e executá-lo através de um algoritmo! Você não tem mais essas etapas, agora você aponta a câmera e facilmente executa um algoritmo em tempo real. O software faz todo esse processo e possibilita desenvolvedores e pesquisadores realizarem coisas incríveis. ” (Traduzido)
Podemos pensar então, como toda essa tecnologia poderá ser aplicada à nossa medicina. Quem sabe poderemos ter atendimento médico virtual, monitorar a saúde de um ente querido à distância, controlar o uso de medicamentos, realizar testes de urina, avaliar lesões, controlar batimentos cardíacos, pressão arterial e muito mais. Possibilidades que a tecnologia, provavelmente, nos proporcionará em breve.
Confira algumas das mais recentes inovações:
Utilizando tecnologia mobile a MedSnap consegue identificar e validar pílulas e até mesmo compilar dados de um mapa epidemiológico.
Com uma armação e um aplicativo com biossensores, cientistas já conseguem detectar grande variedade de agentes químicos e biológicos, incluindo bactérias, vírus, toxinas e proteínas.
A Nokia está criando um aparelho (Nokia Lumia´s 1020 with microscope) com câmera de 41 megapixels com fotomicroscópio para capturar imagens de altíssima resolução que serão capazes de identificar células humanas e detectar parasitas.
A Colorimetrix criou um aplicativo que transforma o celular em um “espectrofômetro portátil” que utiliza a câmera do smartphone para ler tiras de teste colorimétrico que mede a ureia, PH, glicose e outros, permitindo assim, avaliar doenças como: diabetes, infecções urinárias, renais e outras.
Outro aplicativo interessante que inclusive já foi aprovado pela FDA (Food and Drug Administration) é o Triton Fluid Management System, da empresa, Gauss Surgical´s que, através do ipad os médicos podem estimar a perda de sangue de um paciente em tempo real durante os procedimentos cirúrgicos.
Alguns médicos defendem essas novas tecnologias pelos benefícios que trazem, principalmente por seu fator de alcance embora, seja o uso de uma câmera com menor poder de precisão, ainda assim, pode ajudar na detecção de doenças de sangue como a Malária por exemplo, e esse diagnóstico pode ser feito em regiões remotas onde não há postos de saúde, mas possuem celulares conectados na internet.
Viabiliza o pré atendimento, o diagnóstico e a detecção dos riscos e gravidade das ocorrências, passando as primeiras informações para que se tome medidas emergenciais podendo até salvar vidas.
Com a disseminação da internet, cada vez mais, as pessoas estão conectados ao mundo e tem acesso à aplicativos e aparelhos de alta capacidade. Os aplicativos já desenvolvidos hoje, transformam rotinas operacionais de diversos setores. Na medicina, os próprios médicos acreditam que os avanços serão muitos, nos próximos anos, e que as relações médicos/pacientes nos moldes atuais será considerado como algo pré histórico.
Adriana
Fico espantada com a febre das Selfies. Estive em uma festa de aniversário de uma jovem senhora no sábado ( 51 anos), e algumas das convidadas pareciam verdadeiras hiperativas com sinais de senilidade precoce ou talvez de retardo emocional, fazendo incessantemente “selfies”, e incomodando alguns que não o estavam fazendo. Faziam selfies de si mesmas ao lado de pessoas mastigando ( mesmo ao sinal de “não, por favor”), falando, entrando no meio de conversas, interropendo a fala e o fio da meada da conversa. A cada Foto, gritavam histericas que já havia não sei quantos “curtiu”. Gente!! que loucura é essa? É problema? Doença? Vício? Que coisa mais chata e desagradável!