Tecnologia

Elon Musk quer interação entre homem e tecnologia com implante cerebral

Elon Musk Inteligência Artificial

A Neuralink  empresa que busca desenvolver implantes cerebrais com o objetivo de  permitir ao ser humano uma comunicação com máquinas, mostrou os produtos microscópicos que vêm desenvolvendo desde 2017 e afirmou acreditar no início dos testes com pacientes humanos até o final de 2019.

A empresa que conta com 100 empregados e sempre trabalhou em sigilo, agora revela suas ambições em uma apresentação datada de 16/07/19, em busca de atrair especialistas. “Queremos contar com os melhores talentos do planeta”, disse Musk (empreendedor ligado à Neuralink) na Academia de Ciências da Califórnia.

O presidente-executivo da Tesla e da SpaceX declarou que o principal objetivo da Neuralink é permitir que os seres humanos obtenham “uma espécie de simbiose com a inteligência artificial”.

Segundo Musk, os seres humanos correm o risco de se verem ultrapassados por máquinas equipadas com inteligência artificial, mas que é possível elevar a capacidade do cérebro por meio de conectividade com computadores, “e isso nos permitiria pegar carona no percurso”, como por exemplo, equipar pessoas paraplégicas com robôs para que sejam capazes de controlar suas mentes.

Além da Neuralink, outras companhias atuam nesse ramo de desenvolvimento como o Facebook e a CTRL-labs, uma startup apoiada pelo Amazon Alexa Fund que está tentando uma abordagem menos invasiva, com foco em transmissão de sinais neurais em qualquer parte do corpo.

“Nosso histórico de insucesso no tratamento de doenças neurológicas foi sempre preocupante para mim”, disse Matthew MacDougall, o vice-presidente de cirurgia da Neuralink. “ agora, pela primeira vez na história, temos o potencial de resolver alguns desses problemas.

A ideia da Neuralink é inicialmente ajudar pacientes portadores de severos distúrbios cerebrais, mas que acredita criar um implante sem fio miniaturizado que pessoas comuns possam optar por usar, “algo mais parecido com a técnica Lasik”, de cirurgia ocular, disse Mathew McDougall – o vice-presidente de cirurgia da Neuralink, e controlar por um app em seus iPhones. Uma comunicação realizada integralmente por pensamento capaz de restaurar funções motores e sensórias como, por exemplo, devolver a visão aos cegos.

Outra ideia da startup demonstrada em seus estudos é um sensor exclusivo de quatro milímetros, chamado N1, que busca implantar no cérebro e conectar a um aparelho para o portador usar atrás da orelha.

Max Hodak, presidente da Neuralink, admitiu ser um caminho longo.  A companhia ainda não começou a buscar aprovação da Food and Drug  Administration (FDA), agência americana de fiscalização e regulamentação de alimentos e remédios, e que necessitaria de muita ajuda externa e parcerias acadêmicas. “Não temos ilusões de que poderemos fazer toda a pesquisa científica por nossa conta”.

Hodak disse que quando Musk o procurou pela primeira vez, há mais de dois anos atrás, ele não estava convencido de que as ideias poderiam se tornar realidade, mas que a abordagem do empreendedor visionário o persuadiu. “precisa tomar cuidado, se planeja dizer a Musk que algo é impossível”, afirmou Hodak na apresentação. “Só o faça se a coisa violar alguma lei da física”.

Vi lá na Folha de São Paulo.



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