Redes Sociais

A vitrine do imponderado

Na semana passada uma notícia na Atribuna chamou atenção sobre uma mulher que foi condenada a indenizar, um médico, por ter falado mal dele no Facebook.

Não é comum nos depararmos com  esse tipo de notícia, digo pelo fato da condenação,  o comum são as informações diárias sobre ofensas e críticas rolarem soltas nas redes sociais, sejam diretas ou indiretas.

A acusada tentou se defender dizendo  que a postagem ficou poucos dias e obteve poucas curtidas, alegando mínima divulgação mas, no entendimento do juiz “Uma vez emitida uma mensagem na rede social, não existe mais a possibilidade de ser revertida tal informação, na medida em que qualquer um que passe a ter contato com a referida postagem pode repassá-la, chegando a números infinitos” e, como não existem provas de menosprezo do médico,  em relação ao paciente e testemunhas confirmam o atendido ao mesmo na ordem de chegada, deu-se a condenação.

O que me chamou a atenção foi o trecho que diz:  Segundo o juiz Guilherme de Macedo Soares, é lamentável que pessoas com a formação da ré façam acusações levianas em relação a profissionais que estão exercendo o seu trabalho e frisou “o meio equivocado” para a reclamação.

As pessoas tem dificuldades de entender como devem se comportar em relação às redes sociais. Ainda estão se acostumando com essa nova forma de comunicação. O Facebook é utilizado como ferramenta de relacionamento pessoal por muitos, que interagem com amigos e familiares como se estivessem conversando em suas casas ou algum lugar reservado. A utilização dessa ferramenta tornou-se parte do cotidiano de todos que se comportam naturalmente levando seu dia a dia para a rede. Falam dos outros, reclamam da vida, do companheiro(a), do tempo, do chefe… enfim expõem, o que vem à mente, sem critérios.

Exposição do cotidiano

Devemos considerar que o Facebook é uma vitrine pública. Suas mensagens, se não forem publicadas com restrição para  acesso privado, todos terão acesso com  permissão para replicar, editar e utilizar para o bem ou para o mal.

Questão de educação e respeito

Foto do https://www.flickr.com/photos/stedef/
Foto do https://www.flickr.com/photos/yourdon/

Independente de nos encontrarmos  na rua, em casa, em qualquer lugar público ou privado, devemos considerar o respeito para com o outro. A famosa frase “ não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem a você”  sempre esteve na moda e  jamais sairá. Faz parte do convívio social o respeito ao espaço dos outros. A rede social é um espaço para discussão, diferentes opiniões, relacionamentos mas, o respeito precisa ser considerado nas diferentes situações. A sociedade precisa aprender a lidar com a relação público/privado das redes. Quem sabe, esse acontecimento, seja o primeiro passo para a reflexão. As ações de cuidado com o outro,  seja virtual ou presencial. O bom senso agradecerá.



One comment

  1. Adriana

    O Orkut já faleceu.
    O Facebook, Instagram e outras redes sociais, ainda terão seu juízo final.

    E quem tem juízo, que saia delas antes de surtar. Loucos, todos já estão.
    Se expõem no Facebook como se não houvesse qualquer consequencia de seus atos, e palavras escritas.

    Nada melhor que o olho no olho, fofoca ao pé do ouvido, telefonemas de verdade, para se trocar emoção de verdade. Escrever com letra maiúscula para sinalizar que se está gritando, para mim, é apenas sinal de que a pessoa precisa de óculos.

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