Redes Sociais

Em quem você confia?

Dois mundos.

Imagine um mundo onde você pode sair de casa e deixar sua casa aberta ou, parar o carro sem se preocupar em fechá-lo, um mundo onde ao contratar uma pessoa para  um trabalho você tem a certeza de que o mesmo será realizado, da melhor forma, dentro do que foi acordado. Imagine  não precisar se preocupar com um atendimento médico quando necessitar, em que a educação é preocupação de todos, onde o trabalho é  garantido e sua renda suficiente para, no mínimo, suas necessidades básicas,  e  pagar suas contas signifiquem preços justos tipo “vale o que pesa”, cujos impostos adequados são bem  aplicados. Imagine as escolas, residências, condomínios onde a necessidade de câmeras são substituídas pela confiança nas pessoas, professores, babás, cuidadores …

Um mundo que gira de forma harmônica e evolutiva, cuja principal base é a confiança.

Agora imagina o oposto disso, onde ninguém confia em ninguém, onde é necessário provar o tempo todo sua honestidade, por conta de que as atitudes éticas  e  honestas são  tão difíceis e improváveis que quando existem, viram notícias e dignas de premiações. Um mundo burocrático, travado e inoperante, de frágil economia, evolução cientifica, cujos  relacionamentos e operações necessitam de inúmeras regras cujas leis nunca são aplicadas e utilizam-se de um arsenal cada vez maior de mecanismos e pessoas para  fiscalização, que do mesmo modo fracassam, movidas pela ausência de seriedade e objetivo em  que são levadas. Faz-se necessário, o fiscal do fiscal, do fiscal… controladores.

Nos primórdios, os contratos eram feitos verbalmente e fechados em um aperto de mão e essa confiança era e continua sendo fundamental para a prosperidade. 

Foi feita um pesquisa que aponta um índice perigoso demais em relação a confiança das pessoas no Brasil.

cni-pesquisa-confianca-brasileiro-05

Toda ação gera uma reação, enquanto vivermos em um mundo de desconfiança nossas vidas serão muito mais difíceis. A partir do momento em que passarmos a acreditar mais nas pessoas, iniciaremos a mudança.

Estudo do Paul Zak, Neurocientista norte americano mostra que as pessoas confiam mais nas outras quando recebem um voto de confiança, ao sentirem-se confiáveis retribuem o gesto ao próximo, o estudo afirma que essa confiança está baseada no ocitocina, que é o hormônio estimulado quando fazemos algo positivo, como por exemplo ajudar o próximo.

 Trecho da entrevista com Paul Zak, no fronteiras do pensamento.

Zero Hora: Podemos dizer que o hormônio ocitocina torna as pessoas moralmente mais confiáveis?
Paul Zak: 
Sim. Quando o cérebro libera ocitocina ficamos mais sensíveis às pessoas. Mais empáticos, compartilhamos emoções com os outros. Raramente machucamos ou tratamos mal as pessoas com quem compartilhamos emoções, porque isso nos causa dor também. É neste sentido que a ocitocina é um hormônio “moral”. Uma maneira de pensar sobre isso é que a ocitocina evoluiu nos mamíferos para motivar os cuidados com a prole. A ocitocina humana é tão forte que faz nos preocuparmos também com completos estranhos. Nos seres humanos, a ocitocina faz com que tratemos estranhos como se fossem da família.

Entrevista completa (Aqui):

Matéria do Cientific American Brasil com o descritivo do estudo completo realizado pelo http://www.neuroeconomicstudies.org/;

“Eles também sugerem que nossas experiências de vida podem “reajustar” o mecanismo de ocitocina em um “ponto ajustado” diferente e, portanto, em diferentes níveis de confiança ao longo da vida. Viver num ambiente seguro e acolhedor pode estimular a liberação de mais ocitocina, quando alguém confia em nós – e a reciprocidade dessa confiança. Estresse, incerteza e isolamento trabalham contra o desenvolvimento da disposição de confiar.”

Matéria Completa (Aqui):

chimp_adota_puma

As fotos mostram a chimpanzé Anjana, de 5 anos, cuidando da filhote de puma Sierra, de apenas 9 semanas. (Fotos da matéria do R7)

Ou seja, ao espalharmos atitudes positivas, encorajadoras, de ajuda ao próximo, de confiança nas pessoas, estamos na verdade fazendo com que os outros passem também a aumentar o nível de confiança no próximo. Com o advento das redes sociais podemos disseminar junto aos nossos amigos, conhecidos, pessoas do nosso ciclo de amizades, emoções através do que compartilhamos.

Portanto é importante pensar no teor do conteúdo que publicamos  nas redes sociais, uma vez que esse conteúdo influencia a vida dos outros, consequentemente, a convivência em sociedade, o mercado econômico e a qualidade de vida.

If you can dream it, you can do it. Always remember that this whole thing was started with a dream and a mouse. (Walt Disney)

 

 



Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

 

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.