Redes Sociais

Acredite, estou mentindo.

Não é novo que existe muita manipulação na mídia feita por organizações políticas, empresas e pessoas querendo levar vantagem, vender produtos ou “trolar” com os outros.

O que precisamos ficar sempre atentos é na dimensão que essa manipulação pode chegar e nos impactos que geram na sociedade. Ryan Holiday descreve um mundo assustador do marketing através da manipulação da mídia e dos canais de comunicação no livro “Trust Me, I´m Lying” (Tradução: Acredite, estou mentindo).

A internet é muito suscetível a esse tipo de manipulação, as notícias falsas explodem diariamente na web e criam, com isso, um mundo de fantasia, superficial em busca de “Views” , “Likes” e “Clicks”,  três aparatos modernos que, se bem utilizados, podem gerar dinheiro.

Algumas empresas de comunicação, trabalhando para marcas, produtos e artistas plantam, notícias falsas, para conseguirem visibilidade e, as vezes, o resultado é estrondoso. Essas notícias correm o mundo fazendo com que todos estejam de certa forma falando e procurando saber sobre o fato inventado. Após conseguir essa atração o que a empresa precisa é apenas explorar essa atenção da forma correta para gerar dinheiro. Algumas estratégias são muito arrojadas. O próprio Ryan Holiday sugere utilizar erros de português nas chamadas das notícias para ganhar visibilidade.

Podemos confiar no Google?

Novas ferramentas permitem facilitar cada vez mais as pesquisas no Google, exemplo do “Google Glass” e do ““ok, Google”’, neste último ao falar o nome da ferramenta e o que deseja saber, em um aparelho celular, o Google responde…, mas será que devemos acreditar em tudo que o Google responde?

“Perguntar para o Google é como perguntar para alguém na rua” (Frase do Luli Radfahrer na entrevista acima)

Precisamos sempre checar mais a fundo sobre o que estamos pesquisando para não cairmos numa cilada e confiarmos em informações erradas.

O hábito de criar histórias inventadas não está restrito apenas às empresas. Muitas pessoas criam notícias falsas, algumas por maldade pura, outras, apenas por diversão, pensando se tratar de algo inofensivo.

Gerador de notícias falsas:

Foi criado até um site prático para elaboração de Notícias Falsas. Veja a opinião do criador do site em entrevista para o Estadão abaixo.

Qual a origem das falsas notícias? E com que propósito elas são criadas? Para Edney Souza, boa parte é criada por pessoas querendo se divertir. É o que motiva, por exemplo, o criador do site Falsas Notícias, que preferiu se manter anônimo. “Criei o site para fazer pegadinhas com meus amigos. Elas acabaram divulgando sem querer e desde então os acessos só crescem.”

Mas, brincadeiras de muito mal gosto podem prejudicar pessoas e envolve-las em situações complicadas por pura inocência como no caso #BaldforBieber”

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Criaram um post incentivando as pessoas a rasparem a cabeça para demostrar apoio a suposta doença do astro jovem.

Sites que desvendam notícias falsas:

Alguns sites já estão nascendo para tentar amenizar um pouco esse problema, como o brasileiro http://boatos.org/ que se dedica a monitorar e desvendar as notícias falsas que surgem na internet, esse site funciona como uma ferramenta para ajudar as pessoas a checarem a veracidade das notícias antes de compartilha-las.

Uma comissão Europeia em parceria com grandes veículos de comunicação como a BBC e o Jornal The Gardian, criaram o Projeto Pheme que fará um estudo sobre as notícias falsas, como elas surgem, se multiplicam e o impacto que causam na sociedade.

Precisamos aprender a lidar com a nova mídia, as novas ferramentas de comunicação possibilitam grande poder de voz e manipulação, tanto para pessoas comuns como para empresas de comunicação. Devemos questionar sobre qual mundo queremos viver e escolher um caminho para nossas notícias. Queremos viver em um mundo de falsidades e desconfianças?

Não esqueceremos o caso da dona de casa do Guarujá que foi linchada ao ser confundida com a “bruxa” postada na internet.

Acredito que as pessoas precisam repensar profundamente sobre as responsabilidades do que dizem, postam, criam e compartilham na web. Se a mídia é o 4° poder, hoje também temos o poder em nossas mãos.

Se o desonesto soubesse a vantagem de ser honesto, ele seria honesto ao menos por desonestidade.” (Sócrates)



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